Tão pouco tempo para explicar o básico

Vou ensinar-te aquilo que devias saber: imagina um sistema de coordenadas cartesiano, com dois eixos perpendiculares entre si, onde na vertical temos a ordenada, vulgarmente denominada y, e na horizontal a abcissa, geralmente denominada x. Depois, imagina duas funções, que vá, podem ser rectas se considerarmos primeira ordem para não complicar, uma representando o convencimento daquilo que achas que sabes, a outra representando aquilo que realmente sabes, sendo que na ordenada se representa a escala de conhecimento. A primeira começa com ordenada na origem positiva muito alta, a outra com ordenada na origem negativa muito baixa. Neste momento seria bom ter-se decidido em função de quê variam estas funções, isto é, ter-se definido a variável independente, ter-se dado um nome ao x, antes de se continuar com este exercício onanista, mas oh, não, não se definiu nada, ups. E como se pode ter uma função de x, se não se definiu o x? Se se esqueceu desse pequeno detalhe? Pois, não se tem. Tem-se uma função independente do x, ou seja, uma função constante, que não varia, pelo que não há declives nenhuns, mas apenas duas rectas paralelas à abcissa, que não se tocam nunca mais, isto é, até ao infinito, em linguagem matemática, pelo que nunca se aproximam, nem há possibilidade de intersecção, muito menos a ilusão dela.

De facto, a matemática explica muita coisa.