segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não sabia (porque não vem nas revistas cor-de-rosa)

A Pipi recomenda que se leia o original antes deste.

Que agora se comemorava a morte de uma pessoa um gajo que foi a cabeça de dois ataques que abalaram o mundo, mudou a forma de viajar de avião e de comboio em alguns países. Isto de ter uma Nação atrás de um só indivíduo (não sei se repararam que as ruas de NY andam muito mais vazias hoje em dia) e matá-lo ou querer matá-lo soa-me a tudo menos a século XXI (é muito mais século XXI destruir torres e comboios e devíamos deixar o senhor lá na vidinha dele, que a liberdade é isto mesmo). Depois ficam muito escandalizados quando jovens de catorze anos aparecem armados nas escolas e matam à queima roupa colegas e professores (eu vou mesmo agora ali ao Pingo Doce buscar 2 kgs de batatas para o jantar de logo à noite e matar um ou dois funcionários, porque a televisão me ensinou que é normal). É a banalização e o elogio constante da morte e do homicídio (deviam era ter estado caladinhos os jornais, não noticiar coisas destas. noticiar apenas o casamento dos principes. ai, que o vestido dela era tão giro e eu papava tanto o mais novo). Até gritam nas ruas e batem palmas (deviam era estar a chorar que morreu um senhor que tinha uma barba bem gira. aquilo até tinha uma risca branca no meio do preto. que cute).

Ainda para mais é sou estúpidoa. Em vez de perderem tempo atrás dele, que tentassem desmantelar eficientemente a teia em que ele estava metido (toda a gente sabe que não tentaram fazer isso, andavam lá só com fotos dele a bater de casa em casa a perguntar se alguém o tinha visto). Matá-lo não significa nada (toda a gente sabe que matar um líder é como matar uma barata. ninguém nota, ninguém fica abalado), a não ser a eliminação de uma cabeça de onde vão nascer agora outras duas ou três ainda mais preparadas (mais preparadas porque são pessoas que percebem da internet e do facebook e vão criar páginas com vírus daqueles mesmo maus e isso é que é horrível). Durmo com o mesmo estado de espírito, com ele vivo ou morto (até porque vivo num mundo de fantasia e, neste meu mundinho, a pior coisa que pode acontecer é eu partir uma unha ou acabar o meu verniz preferido a meio de uma pintura).

Isto se de facto morreu só agora, ou se de facto está morto de todo (aposto que é campanha do Obama, mas o Osama não vai aparecer a desmentir tudo, porque eles na verdade são amigos)...

daqui

20 comentários:

Anónimo disse...

Há gente que não tem mesmo noção da gravidade das situações, vive numa bolha e só consegue ver o próprio umbigo e mais nada, o que vai para além disso já é demasiado complexo para tentar perceber.
O Bin Laden, esse gajo, não fez nada, só foi o cérebro de um atentando que mudou o mundo por completo, tanto a nível dos transportes, como referes, como a nível económico, fez tremer os mercados bolsista, já para não falar do social, em que o mundo acordou para uma nova ameaça.
Ainda hoje, passados quase 10 anos, sentimos os efeitos desses atentados e vamos continuar a sentir por muitos mais.
E claro que a morte do Bin Landen tem tudo haver com os adolescentes que se lembram de ir com armas para as escolas matar os coleguinhas, é fenómeno que ocorre nos EUA desde ontem (por volta das 23 horas) antes nunca se tinha ouvido falar de tal coisa.

Sofia disse...

Tudo bem que dizem que toda a gente é santa, depois de morrer.
Mas defender este? Credo!
Como dizes ele foi "só" a cabeça de dois ataques que abalaram o mundo.

Agora é que ele está bem.

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Ahahah, alguém acordou hoje com a pilhinha toda. Sou fã de pessoas que se insurgem ao contrário, é um fenómeno muito popular hoje em dia, quando dou por mim penso que sou eu que bato mal ou que sou tola, justifica-se criminosos à laia de "deixa cá pôr isto num ângulo que ainda ninguém observou". Também vou dar a minha contribuição: acho mal terem morto o Bin Laden que ele contribuía para o equilíbrio demográfico do mundo que já se sabe está muito elevado e a aumentar o preço dos cereais. Pronto, fácil assim.

A disciplina de filosofia no secundário faz francamente mal a muita gente, instiga as pessoas a acamarem hipóteses e raciocínios e esquecem-se de pensar escorreitamente, na base da decência e não da oratória. Sempre tive esta ideia.

Julie D´aiglemont disse...

Ainda bem que sugeriste a leitura prévia do post original.
Quando eu pensava que já tinha lido todas as idiotices possíveis... Nossa senhora da vuveuzela me valha!

ines disse...

Eu tenho de concordar com o post original.Faz todo o sentido.

De facto, preferia ver o sujeito capturado e apresentado em Tribunal para ser julgado por cada um dos seus crimes e não sumariamente morto.

Preferia que os "ocidentais" dessem o exemplo e julgassem o assassino e terrorista e o fizessem pagar (mesmo que com a vida, fosse qual fosse o resultado) em vez de desaparecer com o corpo dele e festejar o sua morte como se em Bagdad estivessemos e de fundamentalistas nos tratassemos.

O simbolismo da morte do líder não evita a ramificação da rede, pelo contrário, apenas dá mais força.

Os humanos são todos iguais e ninguém dá lições a ninguém, é triste.
Não fico contente com esta morte, prefiro a justiça dos homens à justiça bíblica.

MimidaSilva disse...

Nada a acrescentar ao anónimo ali de cima, já à provocação que se acha o máximo tinha umas coisinhas a dizer que não seriam agradáveis de ouvir e começavam por irresponsável, passariam a idiota e quiçá a atrasada mental mas depois a Pipi não publicava o meu comentário. Para além de todos os motivos já referidos e todos os outros que estão aos olhos do mundo, o gajo até era giro..., adorava era levar-te a dares uma voltinha ao ground zero para explanares as tuas ideias giríssimas às famílias das vítimas.

Anónimo disse...

Os EUA não reconhecem o tribunal internacional de Haia, o julgamento é uma hipótese que nao se põe em cima da mesa.
desaparecer com o corpo não, atirá-lo ao mar para que nao haja peregrinações ao seu túmulo. fora que NENHUM país o aceitou para ser enterrado.
ng dá lições a ng mas tu queres que os ocidentais o julguem, quem são os ocidentais para o julgar? superiores? revê lá esses conceitos...

ines disse...

Quem são os ocidentais para matar? Superiores? Ou animaizinhos vingativos, toma-lá-dá-cá? Julgar é o o mais justo, o mais civilizado.

O anónimo acaba por me dar razão, ninguém dá lições a ninguém, principalmente os americanos, que são tão ou mais fundamentalistas que os talibãs. Depois queixam-se que lhes deitam torres abaixo e o camandro.

Anónimo disse...

Não, filha, não te dou razão nenhuma. apenas usei a tua frase.

O teu ódio é contra os americanos? lembras-te do 11 de Março? dos atentados em Londres? todos reivindicados pela al qaeda...

se não entendes a frase que inaugurou o meu comentário, tens um problema de interpretação. Os EUA não reconhecem o Tribunal Internacional, julgar onde? prendê-lo até ser julgado onde? levá-lo pra onde?

Mie disse...

As pessoas so podem sofrer de amnesia !! Ainda o vao beatificar. Tristeza!

Julie D´aiglemont disse...

Quando o Pol Pot morreu também fui às lágrimas. É que era um ser humano! E já estou a preparar a roupa preta para quando o Mugabe esticar o pernil. Não chorei aquando das partidas de Hitler e Estaline, porque ainda não era nascida. São sanguinários, mas são seres humanos! Merecem muito respeito, porque o que interessa é a condição humana.

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Juro, juro que não percebo. Isto tem de ser, esta postura do ah coitado foi morto, tem de ser de anti-depressivos. Fica tudo adormecido e trocado das ideias. Estamos a falar de uma besta cujo princípio é a Jihad, guerra santa, que mata a torto e a direito para se elevar e impor. Não é um desgraçado ideológico, é um asssassino! É um assassino que acredita será recompensado por matar "infiéis"! Entendem isto? Entendem que podem estar sossegados no metro (não havendo greve) e de repente levarem com uma bomba que vos pode matar ou ferir gra-ve-men-te, pode deixar-vos sem o filho que ia para a escola, sem a mãe que tinha trocado um sms convosco minutos antes? Tudo porque há uma organização terrorista que acha que deve converter ou matar quem não segue o seu culto. Tudo porque acham que à força se vence e não vão lá com conversações nem com tribunais, não são cidadãos tementes do sistema. Só recuam na mesma medida, à bala. Isto é o que me custa, a vossa complacência com pessoas que não querem saber da Vida que vós tanto valorizais para nada. Nada. E vocês não estão errados por a valorizarem, mostram ser pessoas integras e saudáveis da cabeça, mas, por favor, não pensem que estão a falar de iguais. Não estão.
Nova Iorque. Londres. Madrid. Esqueceram-se disto? Para cima de 2000, dois mil, civis. Osama morreu não como civil. Morreu como perpetrador bélico. Morreu como instigador de guerra. Morreu como inimigo das nações. Das pessoas. Por favor, olhem para as coisas e não pensem em perdoar 70x7 a quem aproveitará esse perdão para matar 490 vezes. A redenção não anda de mão dada com o terrorismo. E dar o outro lado da face não foi uma hipótese contemporânea de ataques massivos. Eu chorei horrores com os atentados que referi acima, ainda hoje em dia me incomodo de pensar nisso. E não sei, não sei com que direito há pessoas a perturbarem-se com a ética de a morte de um dejeto humano. Que os há ocidentais? Há. Mas a existência desses não invalida o meu sorriso rasgado perante a morte deste. E, não se aflijam, ele tem 70 virgens à espera dele.

Anónimo disse...

Cara Inês,

O terrorismo não é um mal exclusivo dos EUA, afecta o mundo todo: Londres, Espanha? Dizem-lhe alguma coisa?
E para quem defende a vida humana a frase em que diz “Depois queixam-se que lhes deitam torres abaixo e o camandro.” Deixa muito a desejar, dando a ideia que menospreza as mortes que ocorreram naquele dia de pessoas inocentes, que muito provavelmente de fundamentalistas não tinham nada mas que a Inês decidiu pôr tudo no mesmo saco. Não foram exclusivamente as torres que foram a baixo, isso foi apenas uma pequena parte do sucedido, foram milhares de vidas perdidas, famílias destroçadas, medos criados, o mundo nunca mais foi o mesmo.
Imagino que enquanto estava a ver as imagens pela televisão estaria toda contente: olha olha, aquele gajo a atirar-se da torre a baixo! Que fixe, toma lá para aprenderes a não ter a mania! E vem aí outro avião! Tumba, outra torre! Ai têm a mania que são fundamentalistas? Toma que já comeram! Olha aquele a agitar os braços e a gritar com as chamas atrás dele. Que porreiro! =)
Bin Landen era uma ameaça, ele não cometeu os atentados sozinho mas fez com que dezenas de pessoas seguissem o plano dele, sem pensar duas vezes e a isso chamasse talento, neste caso foi aplicado para o mal, mas inspirar pessoas a matarem-se por uma causa não é tarefa fácil e ele conseguiu isso e sabe-se lá se não conseguiria outras coisas estando vivo.
Inês, aconselho-a a que, quando ingressa numa discussão saudável dentro de um tema, pense primeiro nos seus argumentos para não se contradizer em cada frase que debita.
E já agora diga-me qual seria a sentença de um julgamento justo para o Bin Laden? E diga-me também que mais provas seriam precisas para se ter a certeza que a cabeça do atentado foi ele? A confissão?

Sofia disse...

*Clap, clap, clap* provocação.
É isso mesmo!

ines disse...

Mas alguém defendeu perdão ou uma pena leve para o Bin Laden? Mas alguém tem peninha dele?
Mas é tudo estúpido por aqui? Eu sei que isto é um blog de sátira, mas se pensam que estão a falar a sério nestes comentários, tentem não expôr a vossa narrow-mindedness, não ponham palavras na minha boca, muito menos sentimentos na minha cabeça, nem tentem interpretar o que está claro como água.

O que eu disse (Alá me dê paciência...) foi que preferia, enquanto ocidental, ver os responsáveis pela captura do Osama ensinar aos terroristas como se trata esse tipo de criminosos, prendendo-os, acusando-os de cada crime, de cada morte, levá-los a julgamento por cada crime, por cada morte, condenando-os por cada crime, por cada morte, com a perda da sua própria vida ou com outra pena que lhe seja mais custosa. A forma como ele morreu para os seus aminguinhos está bem porreira, morreu como mártir, tem as tais virgens à espera e não sofreu mais nada, pum, acabou.
Perceberam, ou querem um desenho?

Eu acho tão triste, selvagem, fundamentalista andarem ocidentais (por exemplo, os nova-iorquinos ainda ontem) a comemorar a morte do gajo, como andarem árabes a queimar bandeiras dos EUA e a festejar a morte de ocidentais.
Nesse tipo de atitude, ninguém tem moral para dar lições a ninguém, pelo contrário.

Eu fiquei lixada com a morte sumária do Osama, porque eu queria que o Osama pagasse bem caro e por muito tempo o que fez a centenas de civis, eu acho que ele safou-se bastante bem, porque morreu como quis, como mártir.

E mais não digo, são pérolas a porcos, largai as Novas Oportunidades e ide tirar um curso de Direito (numa Universidade Pública, de preferência) e depois falamos.

Anónimo disse...

Cara Inês,

Só uma pessoa muito ingénua, para não dizer burra, é que acredita que o Bin Laden foi encontrado, levou com o balázio na cabeça e foi posto no mar, assim sem mais nem menos.
Mas é isso, o seu último parágrafo explica tudo, incluindo eventuais recalcamentos.
O Bin Landen mesmo indo a julgamento, com o aparato todo que lhe seria devido, ia continuar a ser um mártir, aquilo que ele fez já ninguém lhe tira.
Tendo em conta que não fui o único a interpretar incorrectamente o que disse parece-me que os seus pensamentos são “claros como a água” apenas na sua cabeça, ao expressá-los cá para fora denota-se uma certa deficiência entre aquilo que pensa e aquilo que escreve.

Anónimo disse...

Inês,
os seus argumentos deitam qq um abaixo: estúpidos, narrow mindness, etc, e por isso não merecem resposta sequer. Mas como eu sou um ser superior, não me ofendo e vou lhe dizer outra vez:

a impossibilidade de julgamento NUNCA esteve em cima da mesa porque os EUA NÃO reconhecem o tribunal internacional.

Mesmo que reconhecessem, acha mesmo que as tropas americanas entrariam pela casa adentro e pediriam com jeitinho: nós vamos levar este senhor pq ele é mau e precisa ser julgado. sério?

o seu curso de direito faz de si um ser superior aos demais, nós, esta cambada de selvagens. Infelizmente a sua flata de maturidade e de noção de mundo ainda deixam mt a desejar. Eu vou pras novas oportunidades, a Inês vá crescer um bocadinho, tá?

ines disse...

hahahahahahahaha

Oh pipi, a sua fauna é do melhor.

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

A porca a quem deu as suas pérolas revela-lhe um segredo: com o Osama preso não faltaria raptos de ocidentais, tortura e decapitação dos mesmos até conseguirem a troca de prisioneiros ou pelo menos acordos. Está iludida com as formas como a Al-Qaeda se movimenta, o Bin Laden vivo e preso era mais perigoso que livre e vivo.
Mortinho, a morte fica-lhe tão bem. E desculpe, sou contra a tortura, sou uma selvagem que prefere a eliminação simples e enquadrada como foi o caso. E explique-me, em que é que o curso de direito ia fundamentar a minha opinião??? E já agora, direito de que país? Português ou, por exemplo, Somali?
Os americanos têm direito de celebrar sim, este excesso de civismo e contenção ocidental é que fez com que a dada altura nos subam pelas costas acima. O Bin Laden está morto! Vivaaaaaaaaa! Iupiiiiiiii!!!!! Tal e qual. O Terre Blanche foi assassinado, uauuuuuuu! Singing yayayay! Já o Slobodan Milosevic que morreu no decorrer do julgamento por enfarte, bah, foi fraquinho...

E, MimidaSilva, a mim não tem capacidade de dizer nada sobretudo por não ter capacidades interpretativas de leitura. E, quem não entende o que lê não tem possibilidade de retorquir seja o que fôr.

Anónimo disse...

Oh Inês, enquanto for fauna "tá-se bem" :) é que de vez em quando chegam aqui umas pessoas que parecem da flora, esquecem-se dos miolos a um canto qualquer e acham que licenciatura é sinónimo de inteligência. O que agora há mais é falta é de pessoal com canudos da mão, são uma raridade, só mesmo para aquelas pessoas acima da média, muito inteligentes portanto, tal qual a Dra. Inês. É Dra. não é? :) Bjoka fofah