quarta-feira, 23 de março de 2011

Na riqueza ainda vá, na pobreza é que já não

A semana passada estava a Pipi toda pipi e na maior excitação, preparadinha para ir à Moda Montijo, quando surgiu a situação do transporte. Como vamos? É que o Ricky, todo apostado em chegar cedinho e arranjar um spot bem junto à passarela para tirar boas fotos, ou fotos às boas (é um hobby que ele tem, a fotografia, e já publicou foto-reportagens fantásticas no Voz do Barreiro), disse que ia arrancar na sua 125. Ora com um vestido comprido e saltos altos, e depois de passar horas a retocar os caracóis e madeixas, eu não ia enfiar um capacete e montar na mota, pelo que o deixei ir à frente, e cravei um lugar no fiat uno da Irina Sofia, que também ia.

Então não é que estávamos nós a passar na estrada, quando vemos o Ricky estatelado na berma? Palerma, eu bem lhe disse para mudar os pistons ou lá o que é da mota! Ou se calhar foi algum buraco, que a câmbara não calceta nada que se veja. Ora aqui vi-me num dilema terrível: ou pedia à Irina Sofia para parar e ver se estava tudo bem, e lhe dávamos uma boleia até ao posto médico, ou seguíamos, que já estávamos em cima da hora! E quem chega tarde já não arranja lugares de jeito, nem tem direito ao gift bag com gomas e voucher Happy Meal! Perder uma borla destas? Logo eu, doida por borlas. Não, fiz de conta que não vi, e depois logo se vê, que se há coisa que o Ricky tem é cabeça dura e pele grossa. 

Agora que está lá em casa com a perna engessada e uma coleirinha ao pescoço é que são elas. Faz-me uma bifana! Esta não tem mostarda! Agora tem mostarda a mais! Traz-me uma mine, queres que fique embuchado? Um chato. Ainda bem que só vivemos em união de facto e não prometi ser enfermeira dele.