segunda-feira, 14 de março de 2011

Já sei que vou ser esquartejada, enforcada e apupada, mas é o que eu penso!

Desculpinhas, mas já não consigo ouvir falar nessa parvoíce da geração à rasca. Juro! Até se me revolvem as paredes do estômago, se me aperta o cólon, se me engasga a figadeira. Podem dizer-me que falo de barriga cheia, porque tenho um emprego ma-ra-vi-lho-so, como toda a gente sabe e quem segue o blogue ainda melhor. Que isto de ser professor não podia ser melhor, afinal é uma profissão hiper estável, que ninguém fecha escolas, credo, como todos sabem. E recebe-se a tempo, e lindamente!

Mas eu sei, eu sei, do alto da minha magnanimidade, que há quem não tenha a minha sorte, que tenha estudado anos a fio, não arranja emprego nem se vê reconhecido. Eu sei que há quem viva com o ordenado mínimo. E também sei que há quem esteja muito mal. Mas o que me enerva muito nisto da geração à rasca, é nunca se falar destas pessoas! Só falam com quem se queixa de barriga cheia, se farta de viajar, vão a concertos, jantam fora e assim. Eu bem os vejo, nos restaurantes onde vou! Vivem em casa dos pais porque não querem perder estas regaliazinhas, e não querem fazer sacrifícios, como pagar uma renda igual ao que ganham! Ao contrário de mim, que com o meu ordenado principesco posso ir comer copicaiques a nova iorque, mas ao menos não me queixo. A menos que chova.

Se querem falar de geração à rasca, vão procurar os que estão mesmo à rasca. As contínuas lá da escola, por exemplo. A Clotilde, caixa do super cor onde me avio. A Domitília, cabeleireira que me estica o cabelo duas vezes por semana. A Suzineide, manicura no dito salão. A Sónia Andreia, que fez o curso de turismo e está na minha agência de viagens a recibo verde e ordenado mínimo!

Falem de geração à rasca, sim, mas vão falar com estas pessoas! Dou o número do salão, se quiserem. Caso contrário, isto não passa de uma moda, como a dos vernizes chanel (há um lindo, agora) ou das calças vermelhas, que este ano vão ser um must e tenho de ir espreitar à zara.

5 comentários:

Anita disse...

:o A Suzineide trabalha junto com a Sónia Andreia!???? A sério!??? Dá aí o número do salão ó saxafor!!

Anónimo disse...

esse post foi pra pipoca.
a pipoca queixa-se mas a pipoca tem coisas e viagens.

A Kitty fala assim porque esta efectiva, porque já nenhum prof fica efectivo, se a escola dela fechar, who cares? afinal vai pra outra.

Anónimo disse...

Eu gostava de saber como uma professora primária (a Kitty é professora primária), sem estar no topo da carreira (ela é nova, o topo atinge-se aos 30 anos de serviço), consegue fazer tantas viagens a NY e outros destinos, ter casa própria (ela o diz), comprar carteiras LV e outras e ser independente dos pais, como ela se gaba de o ser.

Sei do que falo, porque estou no ensino. 1500 euros (No máximo!) dá para tanto?

Alguém me consegue explicar? Eu quero a fórmula....e olhem que eu sou poupadinha, hein!

Anónimo disse...

Claro que 1500 euros dá e sobra, muito ganha esta gente e ainda se queixam.

Anónimo disse...

A Kitty Fake fala assim porque está efectiva e não sabe o que é ter dificuldades. Ainda bem para ela, mas a arrogância da Fake é tremenda e desumana.