Estou muito preocupada. Sou assim, muito sensível, faz parte do meu feitio preocupar-me. Porque sou boa, boa, boa pessoa (já mo disseram tantas vezes, inclusive a MINHA PESSOA, que eu sou mesmo, mesmo, mesmo boa pessoa). E eu não posso estar preocupada que fico logo muito sensível, e porque sou sensível e tenho um coração de ouro fico preocupada à mínima. Não sei se me faço entender, porque era preciso ser assim, sensível, boa pessoa, com um coração doce, para perceber. Deixem lá.
Entretanto já nem me lembra bem o que tanto me preocupava, perdida que fiquei nesta dor lancinante que é sofrer pelos outros, ah, lembrei-me, são duas amigas que foram abandonadas, como trapos velhos, pelo mesmo homem, e não conseguem ultrapassar. E eu não posso ver um cão sarnento à beira do caminho, ou uma mulher mal resolvida, que para o efeito vai dar ao mesmo, e não me preocupar, derivado ao que já disse sobre ser muito boa pessoa e sentir muito as coisas, nomeadamente a dor alheia, e achar que é terrível ver uma mulher assim, caída na berma da auto-estrada da vida, alvo de troça, riso e piedade, como a que sinto neste momento, mas já me passa.
Vá meninas! Não vos quero ver assim! Lembram-me a mais profunda miséria humana, e isso é deprimente! Tomem qualquer coisa, vão ao psicólogo, maquilhem essas caras de funeral! Fico a trocer por vocêzes!
2 comentários:
CREDO! A isto chamo eu actuar ao minuto! :)))
A expressão do cão abandonado, é muito usada por mim...
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