sábado, 22 de janeiro de 2011

Que pleonasmo!!!!!!

Modéstias à parte (sim, são várias), sempre tive imenso jeito não só para hiperbolizar as coisas para as quais acho que tenho jeito, mas também para empregar erradamente definições de figuras de estilo, talvez porque não seja fácil consultar o dicionário enquanto se está agarrada ao liquidificador. (abana muito!) Mas como estava a dizer, sempre tive muito jeito para arranjar aquilo que as outras pessoas costumam chamar de alcunhas, e que desde a escola primária atribuem como forma de identificação baseada em características que se destacam, mas a que eu gosto de chamar metáforas, para parecer mais especial. É impressionante, assim que conheço uma pessoa, imediatamente reparo nas suas características mais marcantes, e escolho um nome alternativo. Fico sempre espantada com esta minha capacidade rara de associação de ideias, que me tem permitido fixar as pessoas e não me esquecer que A. é a loira, B. é a caixa de óculos, e C. é a badocha. Às vezes vou mesmo mais longe e consigo associar também animais, por exemplo pensando que a C. é a baleia. Não imaginam como este meu dom me tem ajudado na vida. Até que conheci uma pessoa para a qual não consigo arranjar um eufemismo adequado, e desde então sinto que ando a ser boicotada pelas metáforas assassinas. Como é que poderei viver sem este meu dom? Não me digam que vou ter que passar a decorar nomes como toda a gente?

2 comentários:

I. disse...

Percebo-te perfeitamente, desde que me conheço que sou perseguida por várias redundâncias, e quase aposto que vêm a mando de uma valente sinédoque que conheci em tempos...

Anónimo disse...

São mnemónicas.

The Office, série 5, episódio14: Lecture Circuit